Malaio de nascimento, o roteirista, produtor e diretor James Wan se criou na Austrália, onde estudou cinema e hoje vive e trabalha nos Estados Unidos. Ele é, sem dúvida alguma, o maior nome do terror hollywoodiano desse século até o momento, sendo o responsável por três franquias de muito sucesso comercial: Jogos Mortais, Sobrenatural e Invocação do Mal. Depois de se testar em outros gêneros, com Velozes e Furiosos 7 e Aquaman, ambos bem-sucedidos, Wan volta ao gênero que o consagrou em Maligno, cuja a história foi criada por ele junto com Ingrid Bisu e teve o roteiro escrito por Akela Cooper. A trama gira em torno de Madison (Annabelle Wallis), uma mulher que passa a ter sonhos onde testemunha assassinatos cada vez mais brutais. Ela descobre que o responsável é Gabriel, uma presença adormecida de seu passado. Temos aqui James Wan com seus planos e movimentos de câmera elaborados. Não há como negar que ele sabe construir uma cena e imprimir o clima certo de apreensão e suspense que, em muitos casos, inteligentemente, subverte-o. Em Maligno temos novos elementos que fogem das fórmulas utilizadas em franquias anteriores. Alguns funcionam muito bem, outros poderiam ter sido mais bem trabalhados. Mas, no final, os fãs desse tipo de história ficarão surpresos e satisfeitos.

MALIGNO (Malignant – EUA 2021). Direção: James Wan. Elenco: Annabelle Wallis, Maddie Hasson, George Young, Michole Briana White, Jake Abel, Jacqueline McKenzie, Christian Clemenson, Amir AboulEla e Susanna Thompson. Duração: 111 minutos. Distribuição: Warner.