Tudo começou em 1898, quando o escritor inglês H.G. Wells, autor de A Máquina do Tempo e O Homem Invisível, publicou Guerra dos Mundos. 40 anos depois, nos Estados Unidos, Orson Welles fez uma leitura radiofônica tão realista do livro de Wells que levou muitos americanos a acreditarem que o planeta estava sendo invadido por marcianos e em 1953, o diretor Byron Haskin realiza a primeira versão cinematográfica da história. Exatos 52 anos depois, a dupla Spielberg-Cruise, que já havia produzido Minority Report, revisita a obra de Wells. O que dizer então da nova versão de Guerra dos Mundos? Perguntas: É fiel ao livro? Tem o mesmo impacto que a leitura de Welles? É melhor que a versão de 1953? Apenas uma resposta: Não! O que deu errado então? Para começo de conversa, o filme tem alguns acertos. Nada de grandes monumentos e edificações conhecidas sendo destruídas. Nada de ação desenfreada em cidades grandes, tudo acontece no interior. Outra coisa legal: os americanos não salvam o mundo. Guerra dos Mundos, versão 2005, tem 116 minutos de duração e funciona bem durante três quartos da projeção, apesar da mudança um pouco forçada do caráter da personagem vivida por Tom Cruise. As coisas fogem do controle no quarto final do filme, algo que, infelizmente, vem sendo recorrente na filmografia de Spielberg nos últimos anos. Ele parece não saber mais como encerrar a trama.

GUERRA DOS MUNDOS (War of the Worlds – EUA 2005). Direção: Steven Spielberg. Elenco: Tom Cruise, Dakota Fanning, Justin Chatwin, Miranda Otto, Tim Robbins, Rick Gonzalez e Yul Vazquez. Duração: 116 minutos. Distribuição: Amazon Prime.