Sabe aquele tipo de filme que quanto mais você ler a ficha técnica, mais interessado fica em assistí-lo? É assim com O Homem Que Mudou o Jogo. Dirigido por Bennett Miller, o mesmo diretor de Capote. O roteiro, escrito por Aaron Sorkin (de A Rede Social) e Steven Zaillian (de A Lista de Schindler), é baseado em acontecimentos reais e adaptado do livro Moneyball: The Art of Winning an Unfair Game, de Michael Lewis. Acompanhamos aqui a história de Billy Beane (Brad Pitt), gerente geral do time de beisebol Oakland A e sua tentativa bem sucedida de reduzir o orçamento do clube. Para tanto, ele utiliza um programa de computador desenvolvido por Peter Brand (Jonah Hill) para escolher seus jogadores. O mais interessante é que se trata de um filme que tem o beisebol, esporte pouco conhecido no Brasil, como pano de fundo. No entanto, pode ser entendido por pessoas que nunca ouviram falar no assunto. A trama tem como foco maior as idéias e métodos de Beane. Além disso, é reforçada suas relações com a ex-mulher (Robin Wright), sua filha (Kerris Dorsey), o técnico do time Art Howe (Philip Seymour Hoffman, em uma participação pequena, mas iluminada) e os demais membros do conselho do time. Brad Pitt, também um dos produtores do filme, compõe um Beane cheio de carisma e atitude. O mesmo pode ser dito de Jonah Hill, mais conhecido por seus papéis cômicos, revela sutileza e maturidade em sua interpretação. O Homem Que Mudou o Jogo traz lições preciosas carregadas, acima de tudo, de muita humanidade. Indicado a seis prêmios Oscar, não levou nenhum. Mas foi eleito o melhor filme de 2011 pelo American Film Institute.

O HOMEM QUE MUDOU O JOGO (Moneyball – EUA 2011). Direção: Bennett Miller. Elenco: Brad Pitt, Jonah Hill, Philip Seymour Hoffman, Robin Wright, Chris Pratt, Stephen Bishop e Kerris Dorsey. Duração: 133 minutos. Distribuição: Netflix.