Filmes que misturam gêneros exigem um cuidado redobrado de seus diretores. Em O Exorcismo de Emily Rose, estreia do cineasta americano Scott Derrickson, há um inusitado cruzamento entre terror e drama de tribunal. A mistura é das mais inusitadas e, por mais incrível que possa parecer, funciona muito bem. O roteiro, escrito pelo próprio diretor, junto com Paul Harris Boardman, nos conta a história de Emily Rose (Jennifer Carpenter), uma jovem que manifesta sinais de possessão. É chamado então o Padre Moore (Tom Wilkinson), responsável por trabalhos de exorcismo. Porém, nem tudo sai como planejado. Isso faz com que o promotor Ethan Thomas (Campbell Scott), leve o padre a enfrentar um julgamento, onde é defendido pela advogada Erin Bruner (Laura Linney). O Exorcismo de Emily Rose é supostamente inspirado em um acontecimento real. Derrickson trabalha bem os elementos dos dois gêneros que abraça e seu filme termina por se revelar uma boa surpresa.

O EXORCISMO DE EMILY ROSE (The Exorcism of Emily Rose – EUA 2005). Direção: Scott Derrickson. Elenco: Jennifer Carpenter, Campbell Scott, Tom Wilkinson, Laura Linney, Colm Feore, Joshua Close e Mary Beth Hurt. Duração: 119 minutos. Distribuição: Columbia.