Quando Bruce Willis estrelou Duro de Matar e mudou a cara dos filmes de ação, aquela estrutura virou fórmula. Anos depois, alguns novos elementos foram acrescentados em Velocidade Máxima, com Keanu Reeves. Aí, quando ninguém imaginava que seria possível aprimorar aquela fórmula, surge a dupla Mark Neveldine e Brian Taylor com o estupendo Adrenalina. O roteiro, escrito pelos dois, conta uma história bem simples e que vai direto ao ponto. A ação tem início quando Chev Chelios (Jason Statham), um assassino de aluguel, descobre que um inimigo injetou veneno em seu corpo. Para que ele não faça efeito, a única maneira é manter o coração acelerado. E é justamente isso que Chelios faz o filme inteiro, elevando a adrenalina ao máximo. E das maneiras mais originais possíveis. Não espere lógica. Isto está fora de cogitação. O que importa aqui é o movimento. Ou seja, cinema em sua essência. E tudo vem embalado com um humor involuntário que faz toda a diferença. Adrenalina começa tenso. Depois fica intenso e parece que vai se transformar em algo ruim. Mas é justamente o contrário que acontece. Ação desenfreada de um tipo poucas vezes visto.

ADRENALINA (Crank – EUA 2006). Direção: Mark Neveldine e Brian Taylor. Elenco: Jason Statham, Amy Smart, Efren Ramirez, Dwight Yoakam e Carlos Sanz. Duração: 94 minutos. Distribuição: Califórnia Filmes.