O Céu de Outubro pode ser colocado naquela delicada categoria de “filme edificante”. Baseado em acontecimentos reais, conta a história de um jovem do interior dos Estados Unidos, que no final dos anos 1950, junto com seus amigos de escola sonhou construir foguetes. O filme tem por base o livro Rocket Boys, escrito por Homer Hickam, interpretado na película por Jake Gyllenhaal. E qual a razão do título original ser October Sky. Uma das teorias, e talvez seja a correta, diz que o nome do filme seria um anagrama do título do livro. O que importa é a qualidade do material. Tanto o livro como o filme falam de sonhos aparentemente impossíveis que podem se tornar realidade. Homer poderia ter sido mais um mineiro. Afinal, essa era a profissão de seu pai e de quase todos os pais da cidade. O filme destaca também, além do desejo que muitos de nós temos de mudar nosso próprio destino, a importância de sermos bem orientados na hora de tomarmos decisões. Neste caso, a professora Riley, vivida de maneira precisa pela atriz Laura Dern, tem papel preponderante. Conflitos sempre existirão. São eles que nos impulsionam a seguir em frente. Os de Homer residem em muitos lugares, mas, principalmente, na austera figura de seu pai, papel sob medida para o versátil Chris Cooper. O Céu de Outubro ressalta valores que precisam ser lembrados constantemente: amizade, união, perseverança e dedicação. É um filme edificante? É sim, e dos bons. E o que há de errado nisso?