O universo de Ed e Lorraine Warren nos foi apresentado por James Wan, em 2013, no filme Invocação do Mal. Os dois são investigadores paranormais desse primeiro filme e de sua continuação, realizada três anos depois. Em ambos ficamos conhecendo alguns dos casos que requereram a atenção do casal e muitos dos objetos encontrados e personagens enfrentados. Invocação do Mal fez tanto sucesso que a Warner se viu na “obrigação” de fazer obras derivadas daquele universo. Nasceu então uma franquia bastante lucrativa que já rendeu dois filmes com Annabelle, uma boneca que apareceu no primeiro filme. Agora é a vez de A Freira, dirigido por Corin Hardy, que nos conta a origem da personagem que estreou em Invocação do Mal 2, de 2016. O roteiro de Gary Dauberman, escrito a partir de uma história criada por ele e o produtor James Wan, se passa no ano de 1952, em um convento na Romênia. É lá que uma jovem freira comete suicídio. O Vaticano envia o padre Burke (Demian Bichir), junto com a noviça Irene (Taissa Farmiga), para investigarem o que teria provocado aquele ato tão drástico. Lá chegando, a dupla descobre a existência de uma entidade maligna que habita o lugar. A Freira começa bem, no entanto, vai perdendo o foco e desenvolve mal ou preguiçosamente algumas situações. Mesmo os sustos, quando acontecem, são precedidos de elementos narrativos que os antecipam e diminuem seu impacto. Sem contar o comportamento nada coerente de algumas personagens ao longo da trama. Por se tratar de um filme de nicho, seguramente encontra um público ávido que o consume com prazer. No entanto, o espectador que for atrás de algo mais consistente, se decepcionará. 

A FREIRA (The Nun – EUA 2018). Direção: Corin Hardy. Elenco: Demian Bichir, Taissa Farmiga, Jonas Bloquet, Bonnie Aarons, Charlotte Hope, August Maturo, Michael Smiley e David Horovitch. Duração: 97 minutos. Distribuição: Warner.