Histórias da realeza britânica sempre renderam bons filmes. E dentre todos os monarcas ingleses, se destacam: Henrique VIII, Elizabeth I e Victoria. E desses três, o primeiro teve uma vida, digamos assim, bem agitada. É o que vemos em Os Amores de Henrique VIII, dirigido em 1933 por Alexander Korda, cineasta húngaro radicado na Inglaterra. Este filme, por sinal, foi uma das primeiras produções da London Films, empresa fundada por Korda. O roteiro, escrito por Arthur Wimperis e Lajos Biro, nos conduz pela atribulada relação do rei com cinco de suas seis esposas. À frente do elenco, Charles Laughton, vencedor do Oscar de melhor ator por este trabalho. De custo muito modesto, até para os padrões da época, apenas 60 mil libras esterlinas, o filme tornou-se um grande sucesso de bilheteria, consolidando as carreiras de Korda e Laughton, que se tornou o primeiro inglês premiado com o Oscar de melhor ator. Em tempo: foi Henrique VIII que rompeu com a Igreja Católica e criou a Igreja Anglicana. Ele também é pai de Elizabeth I, que veio a ser uma das maiores rainhas inglesas.

OS AMORES DE HENRIQUE VIII (The Private Life of Henry VIII – Inglaterra 1933). Direção: Alexander Korda. Elenco: Charles Laughton, Robert Donat, William Austin, Wendy Barrie, Merle Oberon, Elsa Lanchester e Binnie Barnes. Duração: 96 minutos. Distribuição: Cult Classic.