A clássica história de Cyrano de Bergerac, escrita pelo dramaturgo francês Edmond Rostand, em 1897, já teve diversas adaptações para teatro, cinema e televisão. No entanto, de todas elas, talvez a melhor e mais fiel seja a de 1990, dirigida por Jean-Paul Rappeneau, que também adaptou o roteiro junto com Jean-Claude Carrière. Esta versão teve no Brasil simplesmente o título Cyrano. Estrelada por um dos maiores atores franceses, Gérard Depardieu defende o papel-título com forte paixão. Ele escreve poemas, filosofa sobre questões bem complexas e ainda é um exímio espadachim. São qualidades que facilmente poderiam encantar seu grande amor, Roxanne (Anne Brochet). No entanto, Cyrano tem vergonha de seu enorme nariz. Seu plano então é conquistar o amor de Roxanne fazendo uso da “estampa” de Christian (Vincent Perez), um jovem bonito, porém, nada brilhante. Cyrano escreve cartas românticas para que Christian as leia para Roxanne. Esse jogo de aparências é o que move a história. A produção de Cyrano fez uso de milhares de figurinos, premiados com o Oscar da categoria, além de algumas dezenas de cenários, tanto em estúdio como em locações reais. Depardieu recebeu uma indicação ao Oscar de melhor ator por este papel, porém, não conseguiu repetir o feito de José Ferrer, vencedor por seu desempenho na versão de 1950, Cyrano de Bergerac, dirigida por Michael Gordon.

CYRANO (Cyrano de Bergerac – França 1990). Direção: Jean-Paul Rappeneau. Elenco: Gérard Depardieu, Anne Brochet, Vincent Perez, Josiane Stoléru, Alain Rimoux, Sandrine Kiberlain, Ludivine Sagnier e Jacques Weber. Duração: 137 minutos. Distribuição: Studio Gabia.