Kathryn Bigelow foi a primeira diretora a ganhar um Oscar de direção em 2010 pelo filme Guerra ao Terror. 14 anos antes a holandesa Marleen Gorris recebeu o Oscar de melhor filme estrangeiro por A Excêntrica Família de Antonia, e se tornou a primeira mulher a vencer nesta categoria. O roteiro, também de sua autoria, nos conta de história de Antonia (Willeke van Ammelrooy), que nos conduz por uma série de eventos de sua vida. Ela relembra de seu retorno à cidade onde nasceu para tomar posse da casa da família após a morte de sua mãe. Até aí, nada demais. O curioso e que seguramente deu origem ao título nacional tem relação direta com a atitude de Antonia em relação à casa. Ela passa então a acolher todos os desprezados do lugar. Como mãe solteira, Antonia não se enquadra muito no padrão daquela comunidade. E talvez esse sentimento de deslocamento tenha feito ela abrir espaço para outras pessoas na mesma situação. A “excêntrica” família de Antonia está unida pelo carinho, amizade e solidariedade. O que, convenhamos, é o que realmente importa. Bem mais até do que laços sanguíneos convencionais que se limitam apenas a isso. Sem sentimento verdadeiro algum.

A EXCÊNTRICA FAMÍLIA DE ANTONIA (Antonia – Holanda 1995) Direção: Marleen Gorris. Elenco: Willeke van Ammelrooy, Els Dottermans, Veerle van Overloop, Victor Löw, Reinout Bussemaker Jan Decleir e Carolien Spoor. Duração: 105 minutos. Distribuição: Mundial Filmes.