Quarto filme americano dirigido por Alfred Hitchcock, Suspeita foi o primeiro dos quatro que ele faria com Cary Grant e o segundo que dirigiu com Joan Fontaine. Ela havia estrelado no ano anterior Rebecca – A Mulher Inesquecível, filme que marcou a estreia do cineasta britânico, mais conhecido como “mestre do suspense”, em Hollywood. O roteiro tem por base o livro Before the Fact, de Anthony Berkeley, escrito sob o pseudônimo de Francis Iles, foi adaptado por Samson Raphaelson, Joan Harrison e Alma Reville, esposa do diretor. A trama se passa no interior da Inglaterra, onde a tímida e rica Lina McLaidlaw (Fontaine) se apaixona e se casa com o malandro Johnnie Aysgarth (Grant). Após a lua de mel, Lina começa a desconfiar que seu marido é um assassino. E pior, ela talvez seja a sua próxima vítima. Uma das marcas registradas de Hitchcock é deixar claro que nada é o que parece. Ou melhor dizendo, ninguém é quem aparenta. É assim em Suspeita, onde somos levados por pistas e situações que despertam em nós e em Lina o que o título sugere. Joan Fontaine ganhou o Oscar de melhor atriz por este papel. Dizem que foi a maneira que a Academia encontrou para corrigir o erro de não ter dado o prêmio por Rebecca. Pode até ser. Mas, isso não invalida em absoluto sua incrível atuação aqui.

SUSPEITA (Suspicion – EUA 1941). Direção: Alfred Hitchcock. Elenco: Cary Grant, Joan Fontaine, Cedric Hardwicke, Nigel Bruce, May Whitty, Isabel Jeans, Heather Angel e Leo G. Carroll. Duração: 99 minutos. Distribuição: Warner.