Em 1968, quando foi lançado o primeiro Planeta dos Macacos, ninguém, nem a própria Fox, produtora do filme, imaginou que aquela história se transformaria em uma lucrativa franquia. Nos anos seguintes, quatro continuações foram produzidas, além de duas séries de TV, uma com atores, outra animada. Em 2001, o estúdio tentou ressuscitar aquele universo com uma reimaginação mal sucedida dirigida por Tim Burton. A partir de 2011, com Planeta dos Macacos: A Origem, seguido três anos depois por Planeta dos Macacos: O Confronto, a Fox acertou a mão e produziu uma nova e impecável trilogia que se encerra agora, em 2017, com este Planeta dos Macacos: A Guerra. Dirigido por Matt Reeves, o mesmo diretor da segunda parte, temos agora a balança pendendo para o lado dos símios. Diferente da parte um que pendeu para os humanos e da parte dois que mostrou um equilíbrio entre as duas raças. Com roteiro do próprio Reeves, junto com Mark Bomback, não se deixe iludir pelo subtítulo. Há “guerra” neste Planeta dos Macacos, mas, ela é mais psicológica do que física. César (Andy Serkis) e seu grupo são forçados a entrar em combate direto com o exército do Coronel (Woody Harrelson). Um misto de desejo de vingança e tentativa de encontrar uma solução que garanta a sobrevivência de ambas as raças nos revelam que há mais semelhanças que divergências entre os dois oponentes. Reeves expande nesta parte três ideias que ele já havia mostrado no filme anterior, porém, visivelmente, com muito mais liberdade. Planeta dos Macacos: A Guerra fecha com inteligência uma trilogia irretocável.

PLANETA DOS MACACOS: A GUERRA (War for the Planet of the Apes – EUA 2017). Direção: Matt Reeves. Elenco: Andy Serkis, Woody Harrelson, Steve Zahn, Terry Notary, Karin Konoval, Amiah Miller, Judy Greer e Michael Adamthwaite. Duração: 140 minutos. Distribuição: Fox.