MOONLIGHT: SOB A LUZ DO LUAR

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Barry Jenkins tinha apenas cinco curtas e um longa em seu currículo quando decidiu transpor para o cinema a história de uma peça ainda não encenada de Tarell Alvin McCraney, que ele próprio adaptou e ganhou o Oscar de melhor roteiro adaptado. Com um orçamento enxuto de apenas um milhão e meio de dólares e um elenco pouco conhecido, ele fez de Moonlight: Sob a Luz do Luar um grande vencedor. E não falo aqui dos muitos prêmios que o filme recebeu. Trata-se de um dos mais belos e complexos estudos de personagem dos últimos tempos. No caso, Chiron, mostrado como criança, adolescente e adulto. Vivido respectivamente pelos atores Alex R. Hibbert, Aston Sanders e Trevante Rhodes. Ao longo de um período de mais ou menos vinte anos, acompanhamos a trajetória deste homem em busca de si mesmo e de seu lugar no mundo. Filho de uma mãe viciada (Naomie Harris), Chiron foi vítima de bullying na infância e contou com a ajuda, proteção e carinho do traficante Juan (Mahershala Ali, vencedor do Oscar de ator coadjuvante). As coisas não melhoraram muito para ele durante a adolescência e, mesmo adulto, um vazio profundo e aquela sensação de não pertencer a lugar nenhum continuava bem presente em sua vida. Moonlight não é um filme para se ver apressado. Muito pelo contrário. Carregado de poesia e sutilezas, ele conta ainda com um belo trabalho de fotografia, em um trabalho primoroso de James Laxton, que dá ao filme o tom azulado de luar que ajuda a compor não apenas a personagem de Chiron, mas também todo o clima da narrativa. E nem vou entrar na polêmica causada pela “pisada na bola” na hora do anúncio do vencedor do Oscar de melhor filme de 2016. Eu torcia por Moonlight desde o começo e não apenas fique feliz com sua vitória como achei justíssima.

MOONLIGHT: SOB A LUZ DO LUAR (Moonlight – EUA 2016). Direção: Barry Jenkins. Elenco: Alex R. Hibbert, Aston Sanders, Trevante Rhodes, Mahershala Ali, Janelle Monáe e Naomie Harris. Duração: 111 minutos. Distribuição: Diamond Films/Netflix.

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Last modified: 12 de setembro de 2023

Uma resposta para “MOONLIGHT: SOB A LUZ DO LUAR”

  1. Moonlight me fez entrar novamente no cinema na sessão seguinte a que eu assisti… e no outro dia, também. E sim, voltei a assistir novamente dias depois. Caramba, tempos que não ficava em um estado de encantamento com o Cinema!

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