O folclore escandinavo descreve os trolls como criaturas humanóides de pouca inteligência, tamanho variado (alguns gigantes outros do tamanho de crianças) e que na maioria dos casos assustam ou são usados para trabalhos braçais. No cinema, eles já foram retratados dessa forma e de outras maneiras também como na animação Trolls, realizada em 2016 por Walt Dohrn e Mike Mitchell. O roteiro de Jonathan Aibel e Glenn Berger se baseia em uma história de Erica Rivinoja, que por sua vez se inspira no livro The Good Luck Trolls, de Thomas Dam. Ao som da dançante Can’t Stop the Feeling, composta e cantada por Justin Timberlake, que diz já no seu primeiro verso “eu tenho esse sentimento dentro dos meus ossos”. Isso resume muito bem o espírito dessas pequenas criaturas que existem para celebrar a vida. Eles vivem em segredo, escondidos dos Bergens, seres que querem comê-los, literalmente. Isso, para eles, traz a felicidade. Trolls é uma animação voltada basicamente para o público infantil, mas não incomodará os adultos. Tem ritmo, muita cor e músicas grudentas que continuam na nossa cabeça mesmo depois que os créditos finais sobem.

TROLLS (Trolls – EUA 2016). Direção: Walt Dohrn e Mike Mitchell. Animação. Duração: 95 minutos. Distribuição: Fox.