O lutador de boxe Rocky Balboa foi criado por Sylvester Stallone em 1976 e apareceu, ao longo dos 30 anos seguintes, em seis filmes. Apesar do imenso carinho que conquistou junto ao público, Rocky parecia estar esquecido. Ledo engano. Um dos muitos fãs do garanhão italiano, o jovem diretor Ryan Coogler teve uma ideia bem legal. Ele, junto com Aaron Covington, escreveu o roteiro de Creed – Nascido Para Lutar. Coogler vinha do sucesso de crítica de seu filme de estreia, Fruitvale Station: A Última Parada. Ele mostrou o roteiro para Stallone que adorou o que leu e topou não apenas atuar, mas também produzir o filme. Para quem ainda não associou o nome Creed ao universo de Balboa, trata-se do sobrenome de Apollo, o campeão mundial que desafiou Rocky no primeiro filme da série. A história se passa cerca de dez anos depois do que vimos em Rocky Balboa. Adonis (Michael B. Jordan) é filho de Apollo e carrega uma enorme fúria interior por conta da infância difícil que teve. Sua intenção é se tornar um boxeador profissional e para tanto, ele procura Rocky para treiná-lo. Creed – Nascido Para Lutar é, em essência, uma boa história de superação e funciona também como ritual de passagem. Temas que costumam pontuar as histórias de boxeadores e lutadores em geral. Além disso, resgata a querida personagem de Rocky Balboa. E o faz com carinho, respeito, amor e humanidade. Se você for fã do marido de Adrian e cunhado do Paulie, pode ter certeza, vai adorar e se emocionar com Creed.

CREED – NASCIDO PARA LUTAR (Creed – EUA 2015). Direção: Ryan Coogler. Elenco: Michael B. Jordan, Sylvester Stallone, Tessa Thompson, Phylicia Rashad, Tony Bellew, Andre Ward e Ritchie Coster. Duração: 134 minutos. Distribuição: Warner.