O cineasta francês Bertrand Tavernier iniciou sua carreira cinematográfica em meados dos anos 1950, como assistente de Jean-Pierre Melville. Antes de estrear como diretor, em 1964, trabalhou como historiador e crítico de Cinema em algumas revistas, entre elas a famosa Cahiers du Cinéma. Sua extensa filmografia é composta basicamente de dramas e documentários, o que fez com que muitos se surpreendessem quando ele lançou a comédia O Palácio Francês, em 2012. Com roteiro de Christophe Blain e Abel Lanzac, o filme conta a história de Arthur Vlaminck (Raphaël Personnaz), um jovem recém-formado que é contratado para trabalhar com o ministro Alexandre Taillard (Thierry Lhermitte). Arthur tem como tarefa escrever os discursos do ambicioso e imprevisível Alexandre, que é ministro das Relações Exteriores. A obra se propõe a funcionar como uma metáfora da situação da França em relação ao seu papel no mundo. O humor surge do ridículo das situações mostradas e do temperamento errático e vaidoso do homem que dá título ao filme.