O cineasta americano Delmer Daves estudava Direito quando foi fisgado pelo Cinema. Ele, que era natural de São Francisco, mudou-se para Los Angeles e começou a trabalhar em Hollywood no final da década de 1920. Primeiro, como roteirista. Depois, a partir de 1943, quando estreou como diretor. Daves pertence aquele grupo de cineastas de carreira sólida, porém, pouco conhecida. Boa parte dos filmes que dirigiu são sobre o velho oeste, entre eles Flecha de Fogo, de 1950, e Galante e Sanguinário, de 1957. A Árvore dos Enforcados, de 1959, é outro grande western realizado por ele. O roteiro, escrito por Wendell Mayes e Halsted Welles, tem por base um romance de Dorothy M. Johnson, mesmo autora de outras duas histórias clássicas do faroeste: O Homem Que Matou o Facínora e Um Homem Chamado Cavalo. Em A Árvore dos Enforcados, acompanhamos o drama do Dr. Joseph Frail (Gary Cooper), um médico que foge de seu passado e vai cuidar dos doentes de um campo de mineração. Em seu caminho, o inescrupuloso Frenchy Plante (Karl Malden) e no meio dos dois, a bela Elizabeth Mahler (Maria Shell), que é tratada pelo médico e esconde um grande segredo. Daves é um diretor habilidoso, tanto com os atores, como nas imagens que cria para contar suas histórias. Aqui, é possível perceber esta elegância e exuberância. Um grande e pouco conhecido filme que merece ser descoberto. Uma curiosidade: filme de estreia do ator George C. Scott.