A história do documentário Três Estranhos Idênticos é tão incrível e surreal que, como diria um amigo meu, “tenho que te contar porque caso você veja não vai acreditar”. Tudo começa no ano de 1980, nas proximidades de Nova York. O jovem Bobby, de 19 anos, chega à universidade onde vai estudar e acha estranho ser tão bem recebido por pessoas que nunca tinha visto antes. Mais estranho é ser chamado de Eddy. Um dos alunos, Alan, percebe que há algo errado ali e liga para Eddy. Vem então a surpresa: Bobby e Eddy são na verdade gêmeos. Ambos foram adotados sem que seus pais soubessem da existência de um outro irmão. A notícia ganha os jornais e o que era estranho fica mais estranho ainda quando se descobre um terceiro irmão, David. Os trigêmeos se transformam em ídolos nacionais, participaram de inúmeros programas de TV e até abrem um negócio juntos, no caso, um restaurante. No entanto, a vida costuma, às vezes, superar a mais criativa das ficções. E a rotina dos irmãos ganha então desdobramentos inesperados, surpreendentes e bastante assustadores. O título não poderia ser mais acertado. E o diretor Tim Wardle, que tinha apenas outros três trabalhos no currículo, conduz seu relato de maneira segura e contundente.

TRÊS ESTRANHOS IDÊNTICOS (Three Identical Strangers – EUA 2018). Direção: Tim Wardle. Duração: 97 minutos. Distribuição: Universal/Netflix.