O cineasta sul-africano Neill Blomkamp começou sua carreira no audiovisual, em 2002, dirigindo comerciais. Depois dirigiu alguns curtas e estreou em longas com Distrito 9, em 2009. O sucesso dessa estreia gerou uma grande expectativa em relação ao seu trabalho seguinte, Elysium, realizado por ele quatro anos depois. O roteiro, do próprio Blomkamp, nos leva até o ano de 2159, onde vemos o mundo dividido em dois grupos: os ricos moram no espaço, na estação que dá nome ao filme. Os pobres e doentes ficaram na Terra vivendo em precaríssimas condições. O confronto se estabelece entre Delacourt (Jodie Foster), secretária do governo que não mede esforços para preservar o estilo de vida de Elysium, e Max (Matt Damon), um terráqueo que sonha com um mundo mais igualitário. A boa e velha luta de classes se faz presente aqui, devidamente embalada em uma distópica aventura de ficção-científica. Tudo o que funcionou em Distrito 9, não funciona a contento, infelizmente, em Elysium. Apesar do orçamento maior e do excepcional elenco, as boas ideias da trama foram mal desenvolvidas. Outras, simplesmente reciclam velhas soluções e de tão desgastadas nem como clichês conseguem convencer. Uma pena, já que o potencial era grande.

ELYSIUM (EUA/México/Canadá 2013). Direção: Neill Blomkamp. Elenco: Matt Damon, Jodie Foster, Sharlto Copley, Alice Braga, Diego Luna, Wagner Moura, William Fichtner, Brandon Auret e Emma Tremblay. Duração: 109 minutos. Distribuição: Sony.