Em 2016, o cineasta David Ayer escreveu e dirigiu Esquadrão Suicida. Apesar de ter faturado 750 milhões de dólares nas bilheterias e até ganho um Oscar de maquiagem, o filme desagradou os fãs e foi massacrado pela crítica. Mas a DC Comics, editora que pertence à Warner, não desistiu do grupo e contratou James Gunn, que vinha do sucesso dos dois Guardiões da Galáxia na rival Marvel, para escrever e dirigir um novo filme. Acrescido apenas de um artigo, temos agora O Esquadrão Suicida. Gunn não “apagou” o original feito cinco anos antes e trouxe de volta alguns dos criminosos que haviam aparecido lá, incluiu outros tantos e, literalmente, “chutou o balde”. Além da já conhecida Arlequina (Margot Robbie), temos agora o Sanguinário (Idris Elba) e o Pacificador (John Cena). No comando do grupo continua o coronel Rick Flag (Joel Kinnaman) e por trás de tudo, com mão de ferro, a poderosa Amanda Waller (Viola Davis). Sem querer cair no clichê de escrever que esse novo filme é melhor que o anterior, não tenho como fugir dessa afirmação. O que, cá entre nós, não é muito difícil. James Gunn teve a liberdade que David Ayer não teve e conseguiu imprimir sua marca. No entanto, ironicamente, O Esquadrão Suicida fracassou nas bilheterias e não conseguiu nem cobrir os custos de produção. Fica a pergunta: será que teremos um novo filme desse grupo de supervilões em missões suicidas? Ainda é cedo para dizer alguma coisa, porém, o Pacificador ganhou uma série própria com estreia para o início de 2022.

O ESQUADRÃO SUICIDA (The Suicide Squad – EUA 2021). Direção: James Gunn. Elenco: Margot Robbie, Idris Elba, John Cena, Joel Kinnaman, Michael Rooker, Viola Davis, Daniela Melchior, David Dastmalchian, Alice Braga, Peter Capaldi, Ray Benitez e Sylvester Stallone. Duração: 132 minutos. Distribuição: Warner/HBO Max.