Publicado em 2007, o livro O Filho Eterno, do escritor catarinense radicado em Curitiba Cristovão Tezza virou filme nove anos depois, dirigido por Paulo Machline e adaptado por Leonardo Levis e Murilo Hauser. A história começa em 1982, no dia do fatídico jogo entre Brasil e Itália na Copa do Mundo daquele ano. Nesse dia nasce o filho de Roberto (Marcos Veras) e Cláudia (Débora Falabella). O bebê, batizado de Fabrício (Pedro Vinícius), nasce com Síndrome de Down. Na época, o estigma de ter um filho com essa síndrome era muito maior do que é hoje. Tanto que era chamado, pejorativamente, de “mongolismo”. Aquela realidade transforma a vida de Roberto, que sente um misto de insatisfação e vergonha. Afinal, são muitos os desafios a serem enfrentados por ele e pela esposa. É esse dilema que acompanhamos em O Filho Eterno. Vemos aqui a trajetória de um pai em conflito com sua própria paternidade. Marcos Veras, mais conhecido por seus papéis cômicos, se sai muito bem como ator dramático. E o menino Pedro Vinícius também não decepciona.

O FILME ETERNO (Brasil 2016). Direção: Paulo Machline.  Elenco: Marcos Veras, Débora Falabella, Uyara Torrente, Augusto Madeira, Luiz Bertazzo, Lourinelson Vladmir, Zeca Cenovicz e Pedro Vinícius. Duração: 82 minutos. Distribuição: Netflix.