OXIGÊNIO

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O cineasta francês Alexandre Aja parece ter uma predileção por filmar em ambientes fechados. Basta conferir trabalhos anteriores dele como Alta Tensão, Piranha e Predadores Assassinos. Mas com Oxigênio, de 2021, ele levou essa predileção ao extremo, já que o filme concentra mais de 90% de sua duração dentro de uma câmara criogênica. É lá que encontramos Elizabeth Hansen (Mélanie Laurent), que acorda repentinamente, sem lembrar como foi parar ali e descobrindo que o nível de ar da pequena cabine, daí o título, está cada vez menor. Seu único elo com o mundo exterior é a inteligência artificial MILO (voz de Mathieu Amalric). E à medida que o tempo passa e o ar diminui, ela precisa descobrir uma saída para aquela inusitada situação. A premissa de Oxigênio lembra a de Enterrado Vivo, filme de 2010, dirigido por Rodrigo Cortés e estrelado por Ryan Reynolds. Mas, até por se tratar aqui de uma ficção-científica, os desdobramentos são bastante diferentes. Aja conduz sua narrativa claustrofóbica com eficiência cirúrgica e tem em Mélanie Laurent (a Shosanna, de Bastardos Inglórios), uma atriz convincente do tenso drama que enfrenta. Inicialmente, o papel seria de Anne Hathaway, que desistiu e foi substituída por Noomi Rapace, porém, quando Aja assumiu o projeto escalou Laurent.

OXIGÊNIO (O2 – França 2021). Direção: Alexandre Aja. Elenco: Mélanie Laurent, Mathieu Amalric, Malik Zidi, Laura Boujenah, Eric Herson-Macarel, Anie Balestra e Marc Saez. Duração: 100 minutos. Distribuição: Netflix.

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Last modified: 27 de julho de 2021

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