“No ano 2000, atropelar e fugir não é mais um crime. É um esporte nacional”. Essa frase fazia parte do material de divulgação do filme Corrida da Morte: Ano 2000, produção de Roger Corman e dirigida por Paul Bartel. Baseado no conto The Racer, de Ib Melchior, o roteiro de Robert Thom e Charles B. Griffith nos leva a um futuro distópico onde anualmente se realiza a corrida automotiva transcontinental. Entre os corredores temos Frankenstein (David Carradine) e Metralhadora Joe Viterbo (Sylvester Stallone). O produtor Corman não foge aqui à sua regra de ouro: baixo orçamento, mistura de gêneros e muita criatividade. E essa “salada” ainda traz embutido uma crítica social ao governo e à televisão. Este foi o segundo longa dirigido por Bartel, que também trabalhava como ator. Inclusive faz uma ponta no papel do médico que apresenta Frankenstein no início do filme. Ele dirigiria, já no ano seguinte, Cannonball: A Corrida do Século, outra vez com Carradine à frente do elenco. Em tempo: Carradine vinha do enorme sucesso da série de TV Kung Fu e queria fazer algo completamente diferente. Foi essa a razão de ele ter aceito o papel, oferecido antes a Peter Fonda, que o recusou.

CORRIDA DA MORTE: ANO 2000 (Death Race 2000 – EUA 1975). Direção: Paul Bartel. Elenco: David Carradine, Sylvester Stallone, Simone Griffeth, Mary Woronov, Martin Kove,  Don Steele, Joyce Jameson, Harriet Medin, Bill Morey e Sandy McCallum. Duração: 79 minutos. Distribuição: Versátil.