O POÇO

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Longa de estreia do produtor e diretor espanhol Galder Gaztelu-Urrutia, O Poço é um filme que vai te incomodando de diferentes formas. O roteiro original de David Desola e Pedro Rivero nos apresenta uma prisão vertical com 333 níveis e uma abertura retangular no meio de cada cela onde estão presas duas pessoas por andar. Inicialmente, acompanhamos Goreng (Ivan Massagué) e Trimagasi (Zorion Equileor). A partir dos diálogos entre eles ficamos sabendo das regras daquela prisão. Pelo vão central de cada nível desce uma plataforma que traz a comida. Trata-se de uma espécie de mesa grande que começa farta e cheia de iguarias culinárias cuidadosamente preparadas. Os que estão nos níveis mais altos recebem o melhor. À medida que a mesa vai descendo, os detentos dos pisos inferiores recebem as sobras de seus colegas de cima. Um sistema “óbvio” de desigualdade social. Está aí a grande metáfora. Será nossa sociedade muito diferente disso? É possível melhorarmos como seres humanos? Além dessas questões, O Poço nos incomoda por conta de seu cenário minimalista. E o diretor tira ótimo proveito disso e conta com um elenco desconhecido, em sua maioria, mas que responde muito bem à proposta do filme. Em tempo, uma conta simples deve ser feita. Multiplique o número de níveis pelo número de pessoas em cada nível e você encontrará um resultado que poderá ser, obviamente, um bom indicativo de onde eles realmente estão.

O POÇO (El Hoyo – Espanha 2019). Direção: Galder Gaztelu-Urrutia. Elenco: Ivan Massagué, Zorion Eguileor, Antonia San Juan, Alexandra Masangkay, Zihara Llana e Emilio Buale. Duração: 94 minutos. Distribuição: Netflix.

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Last modified: 28 de maio de 2020

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