A FITA BRANCA

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O cineasta austríaco Michael Haneke nunca foi um diretor/roteirista de meias palavras ou adepto de concessões e tons suaves em suas histórias. Vendo seus filmes, podemos detestá-los ou adorá-los, porém, nunca ficamos indiferentes. Formado em Filosofia e Psicologia e com passagens pela televisão e pelo teatro, Haneke é também professor de cinema e sempre tem algo a dizer. Em A Fita Branca, filme que escreveu e dirigiu em 2009, ele fala sobre estranhos eventos que perturbam a calma de uma pequena vila no interior da Alemanha, às vésperas da Primeira Guerra Mundial. Aparentemente isolados, esses “incidentes” aos poucos vão se revelando parte de algo maior e assustador, o que deixa a população do lugar em pânico. O professor da escola local (Christiani Friedel) investiga os acontecimentos à procura do responsável e termina por descobrir uma verdade perturbadora. Segundo Haneke, A Fita Branca trata da gênese do nazismo. A rigorosa disciplina imposta pelos pais do vilarejo, que tem como símbolo maior a “fita branca” do título, estaria na raiz da postura rancorosa e punitiva de boa parte dos jovens alemães que anos mais tarde apoiaram Hitler. A bela e impactante fotografia em preto-e-branco de Christian Berger reforça ainda mais o clima tenso do filme. Haneke nos provoca, nos instiga a pensar… e isso é muito bom.

A FITA BRANCA (Das Weiße Band – Alemanha/Áustria 2009). Direção: Michael Haneke. Elenco: Christian Friedel, Ernst Jacobi, Leonie Benesch, Ulrich Tukur, Ursina Lardi, Fion Mutert, Michael Kranz, Steffi Kühnert e Maria-Victoria Dragus. Duração: 144 minutos. Distribuição: Mubi.

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Last modified: 3 de novembro de 2019

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