BOHEMIAN RHAPSODY

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Depois de atrasos na produção, troca de diretor e ajustes na montagem, Bohemian Rhapsody, cinebiografia de Freddie Mercury e da banda de rock britânica Queen, finalmente pode ser conferida. E adianto que, se você é fã da música feita pelo grupo, vai adorar o filme. Mas, se for vê-lo esperando algo mais, talvez se decepcione. Dirigido quase que integralmente por Bryan Singer, demitido pela Fox faltando 16 dias para o término das filmagens, ele acabou substituído por Dexter Fletcher, que concluiu as gravações e acompanhou a pós-produção. No entanto, por determinação do Sindicato dos Diretores, o nome de Singer aparece creditado como único diretor. O recorte mostrado aqui abrange um período de 15 anos. Tudo começa em 1970, quando o jovem Farrokh Bulsara trabalhava no aeroporto de Heathrow. Nos finais de semana ele acompanhava a banda Smile, liderada pelo guitarrista Brian May, pelo baterista Roger Taylor e pelo vocalista e baixista Tim Staffell. A saída de Staffell abre espaço para a entrada de Farrokh na banda, junto com o baixista John Deacon. Nasce o Queen e junto com ele, Freddie Mercury. Na verdade, o filme é um longo flashback que abre e fecha com a histórica apresentação da banda no Live Aid, em 13 de julho de 1985. É visível em Bohemian Rhapsody o cuidado da produção na composição dos cenários, figurinos, maquiagens, penteados e objetos de cena. A sensação, em algumas cenas, é a de estarmos assistindo a um documentário, tal o grau de fidelidade. A sequência que reproduz o show no Live Aid é assombrosa de tão igual que é em comparação com a gravação original. E se você duvida, depois do filme é só acessar o YouTube para confirmar. O elenco também funciona à perfeição, graças, principalmente, à incrível semelhança que possuem com as pessoas reais retratadas. A começar por Rami Malek. O astro da série Mr. Robot convence plenamente na pele de Freddie Mercury. O mesmo pode ser dito dos outros três integrantes do Queen: Brian May (Gwilym Lee), Roger Taylor (Ben Hardy) e John Deacon (Joseph Mazzello), bem como a melhor amiga de Freddie, Mary Austin (Lucy Boynton) e os empresários. O roteiro, escrito por Anthony McCarten, a partir de uma história criada por ele junto com Peter Morgan, nos relata diversos momentos da vida de Mercury e do Queen de maneira linear, porém, tomando algumas liberdades em relação a certos acontecimentos e gravações. A orientação sexual do cantor, por exemplo, é tratada com certa discrição. Os fãs mais atentos à carreira da banda facilmente perceberão algumas incorreções. Acredito que isso tenha ocorrido para uma melhor fluência dramática da história contada. Até funciona dentro da estrutura narrativa proposta. Porém, os fãs mais radicais, seguramente,  reclamarão. No entanto, como espetáculo musical, Bohemian Rhapsody se revela satisfatório.

BOHEMIAN RHAPSODY (EUA 2018). Direção: Bryan Singer. Elenco: Rami Malek, Gwilym Lee, Ben Hardy, Joseph Mazzello, Lucy Boynton, Aidan Gillen, Tom Hollander, Allen Leech, Aaron McCusker e Mike Myers. Duração: 135 minutos. Distribuição: Fox.

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Last modified: 7 de fevereiro de 2019

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