A atriz, roteirista, produtora e diretora inglesa Gaby Dellal se divide entre TV e Cinema. Em Meu Nome é Ray, dirigido por ela e co-escrito junto com Nikole Beckwith, acompanhamos o drama de Ramona, ou melhor, Ray (Elle Fanning), que nasceu mulher, mas, nunca se identificou com o gênero feminino e está no aguardo da autorização dos pais para fazer uma cirurgia de mudança de sexo. Ray vive com sua mãe Maggie (Naomi Watts) e a avó Dolly (Susan Sarandon). Antes de ter a questão legal resolvida, muitas pendências familiares precisam ser encaradas e superadas. Meu Nome é Ray aborda um tema bastante pertinente e atual e o faz com certa cautela, porém, sem deixar de expor algumas feridas. A direção entrega a narrativa nas mãos do trio principal de atrizes, que conduzem tudo com o comprometimento e a intensidade necessários. Não chega a ser brilhante como Transamérica, feito por Duncan Tucker em 2005, por exemplo, no entanto, consegue passar sua mensagem de tolerância e amor.

MEU NOME É RAY (3 Generations – EUA 2015). Direção: Gaby Dellal. Elenco: Elle Fanning, Naomi Watts, Susan Sarandon, Linda Emond, Tate Donovan, Sam Trammell, Andrew Polk, Maria Dizzia e Antonio Ortiz. Duração: 93 minutos. Distribuição: Netflix.