Philip Machado
Nesta mais nova adaptação da mitológica história do Rei Arthur, o diretor Guy Ritchie (Sherlock Holmes, Rock‘n Rolla, Snatch) tenta criar uma nova origem, com muita ação e personagens carismáticos.
Somos apresentados a Arthur (Charlie Hunnam), desta vez criado por prostitutas nas favelas de Londinium, longe de Camelot, e do trono que é seu de direito. Sua infância não foi fácil, mas o fortaleceu, precisando lutar para conseguir uma posição de poder em seu meio. Enquanto isso Vortigern (Jude Law) expandiu seu reinado, ficando cada vez mais forte e confiante de que ninguém conseguiria derrotá-lo.
Com a ajuda de uma maga (Astrid Bergès-Frisbey) e cavaleiros (Djimon Hounsou e Aidan Gillen) que lutaram ao lado de seu pai, Arthur toma posse de Excalibur, a poderosa espada que conseguiu derrotar o maligno mago Mordred, e é necessária para combater Vortigern.
Rei Arthur: A Lenda da Espada começa com uma sequência de guerra grandiosa, lembrando a de O Senhor dos Anéis – O Retorno do Rei, mas dura pouco. Apesar de bem feitas, as sequências de ação lembram um video game. Divertem, mas não o suficiente para um filme longo de pouco mais de duas horas.
Outro problema são os momentos típicos dos outros filmes do diretor, com cortes rápidos e diálogos afiados, que não funcionam neste filme. Ficam totalmente fora de sintonia. A justificativa, eu acredito que, ao contrário da origem comum e mais humilde de Arthur, nesta versão ele se tornou um ladrão malandro, mantendo um senso de justiça e honra próprio.
O final é aberto para possíveis continuações, mas com as críticas e a bilheteria abaixo do esperado, dificilmente veremos o seu retorno às telonas.
Rei Arthur: A Lenda da Espada (King Arthur: Legend of the Sword – 2017). Warner Bros. Guy Ritchie. Charlie Hunnam, Jude Law, Djimon Hounsou, Aidan Gillen e Astrid Bergès-Frisbey. Duração: 126 minutos. Distribuição: Warner.
É divertido e muito dinâmico. Gostei muito de como foi bem a história. A trilha sonora é parte importante dos filmes, por que dá uma atmosfera com a que captura o espectador, neste filmes de fantasia o trabalho com as músicas é impressionante, cuidando cada detalhe. Vale a pena muito vê-la e colocar atenção nesta parte importante, para desfrutar mais. Este filme conseguiu ter uma historia original que sem dúvida nos deixa reflexionando.