Edward Zwick é aquele tipo de diretor competente, porém, que não tem uma marca pessoal. Primeiro, trabalhou na televisão, onde dirigiu episódios de seriados e alguns telefilmes. A estreia no cinema se deu em 1986, com o drama Sobre Ontem a Noite. Três anos depois ele dirigiu Tempo de Glória, seu segundo longa. O roteiro, de Kevin Jarre, tem por base dois livros: um escrito por Lincoln Kirstein, e o outro por Peter Burchard. Além das cartas do Coronel Robert Gould Shaw, vivido no filme pelo ator Matthew Broderick. A ação se passa durante a Guerra Civil Americana, na segunda metade do século 19. Shaw e seu melhor amigo, o Major Cabot Forbes (Cary Elwes), são idealistas e lideram o 54º Regimento do Estado de Massachusetts. Até aí, nada de novo. A não ser pelo fato histórico de este ter sido o primeiro regimento do exército americano a ter soldados negros no seu contingente. Zwick é um cineasta que conhece seu ofício. Tempo de Glória possui todos os elementos comuns em histórias edificantes. E isso fica bem claro na personalidade não só dos oficiais brancos, caso de Shaw e Forbes. Mas, principalmente, no trio principal de soldados negros, formado por Trip (Denzel Washington, que ganhou o Oscar de melhor ator coadjuvante por este papel), John (Morgan Freeman) e Thomas (Andrew Braugher). Mesmo previsível, até por se tratar de uma história real, fica no final a sensação de que é possível fazer a diferença.
TEMPO DE GLÓRIA (Glory – EUA 1989). Direção: Edward Zwick. Elenco: Matthew Broderick, Denzel Washington, Morgan Freeman, Cary Elwes, Andrew Braugher, John Finn, Bob Gunton, Jay O. Sanders e RonReaco Lee. Duração: 122 minutos. Distribuição: Netflix.
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