Valente, da Disney-Pixar, carrega um bom número de primazias. É o primeiro filme do estúdio a ter uma heroína. Merida, personagem-título, é também a primeira princesa da Pixar. Além disso, é a primeira obra que se passa inteiramente no passado e, fechando, o primeiro filme deles co-dirigido por uma mulher, no caso, Brenda Chapman, que dividiu a direção e o roteiro com Mark Andrews e Steve Purcell. A trama se passa na Escócia. A jovem Merida foi criada por sua mãe para se tornar uma perfeita rainha. O problema é que ela não é uma princesa comum. Hábil com o arco e flecha, ela não aceita o destino que lhe foi traçado. Valente já valeria a conferida apenas por conta do esmero dos animadores da Pixar na criação dos cabelos ruivos de Merida, que parecem ter vida própria. Mas, existem muitas outras razões que tornam este filme singular. E uma das melhores é a bela homenagem que os diretores fazem ao grande mestre japonês da animação, Hayao Miyazaki, na seqüência da casa da bruxa.

VALENTE (Brave – EUA 2012). Direção: Mark Andrews, Brenda Chapman e Steve Purcell. Animação. Duração: 93 minutos. Distribuição: Netflix.