TOMBOY

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Qual seria o significado da palavra “tomboy”? De uma maneira bem simples, a expressão se refere a uma menina que se comporta como menino. É preciso deixar claro que não há relação, em boa parte dos casos, com a questão da orientação sexual. No caso do filme francês Tomboy, escrito e dirigido em 2011 pela cineasta Céline Sciamma, o debate se estabelece mais em relação à busca de uma identidade. Laure (Zoé Héran, fantástica) é uma menina de dez anos de idade. Ela acabou de se mudar com sua família para um novo bairro. Sua família é harmoniosa e inteiramente “do bem”. Laure vê os meninos brincando e, para se enturmar, se apresenta a eles como Michael. Ninguém estranha. A aparência andrógina de Laure ajuda no processo. Um dos grandes achados do filme é tratar o assunto da transição da infância para a adolescência por um ângulo inusitado. A mentira que Laure cria em torno de si fica ainda mais complicada por conta de sua amizade com Lisa (Jeanne Disson), uma menina que joga bola com os garotos da rua. Outro aspecto interessante da história é a maneira como a família de Laure lida com a situação criada pela filha. Tomboy não se deixa levar por soluções fáceis. E também não procura justificar nada. Aqui impera a sutileza. E no final, Sciamma, em uma jogada de mestre, passa a “bola” para nós, espectadores.

TOMBOY (Tomboy – França 2011). Direção: Céline Sciamma. Elenco: Zoé Héran, Sophie Cattani, Mathieu Demy, Jeanne Disson, Malonn Lévana, Rayan Boubekri e Yohan Vero. Duração: 84 minutos. Distribuição: Netflix.

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Last modified: 6 de outubro de 2017

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