Grant, personagem de John Amos, diz para John McClane (Bruce Willis), a certa altura de Duro de Matar 2: “Você é o cara errado, no lugar errado, na hora errada”. E McClane responde de volta: “A história da minha vida”. Depois do estrondoso sucesso de Duro de Matar, dirigido em 1988 por John McTiernan, nada mais natural que uma continuação. E ela veio dois anos depois, desta vez dirigida pelo finlandês Renny Harlin. O primeiro filme transformou Bruce Willis, então um ator de televisão, em um grande astro do cinema de ação. Além, é claro, de fazer de John McClane um ícone absoluto. Duro de Matar 2 é tão eletrizante quanto o filme anterior. O roteiro foi escrito por Steven E. de Souza, mesmo roteirista do um, agora junto com Doug Richardson. Tudo acontece na véspera do Natal no aeroporto Dulles, em Washington. McClane está à espera de Holly (Bonnie Bedelia), sua esposa. Nesse meio tempo, um grupo de terroristas assume o controle do aeroporto. E claro, McClane resolverá a parada. O que mais chama a atenção nesta aventura é a maneira com que nosso herói lida com as situações que surgem em seu caminho. Ele diz, por exemplo, e de um jeito bem debochado: “Pô, eu não posso acreditar nisso. Outro porão, outro elevador. Como é que a mesma merda pode acontecer com o mesmo cara duas vezes?”. Não é por outro motivo que McClane é tão querido. Você acredita que ele existe. Por mais incríveis e exageradas que sejam suas ações. E isso faz toda a diferença. Outra questão bem importante precisa ser destacada. Tanto neste segundo como no primeiro filme, existe uma subtrama romântica que pode, acreditem, até te fazer chorar.
DURO DE MATAR 2 (Die Hard 2 – EUA 1990). Direção: Renny Harlin. Elenco: Bruce Willis, Bonnie Bedelia, William Atherton, Dennis Franz, Sheila McCarthy, Robert Patrick, William Sadler, John Amos e Franco Nero. Duração: 124 minutos. Distribuição: Fox.
John McClane é o Jack Bauer sem a Chloe O’Brian na retaguarda!