TUDO QUE O CÉU PERMITE

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Alguns torcem o nariz quando ouvem falar em melodramas. Quer queiramos ou não, o melodrama faz parte de nossa cultura latina e talvez não seja exagero dizer que faz parte de nosso DNA. Poucos diretores na história do cinema conseguiram transitar pelo terreno pantanoso dos melodramas como Douglas Sirk. Nascido na Alemanha, Sirk migrou para os Estados Unidos no início dos anos 1940. Em Hollywood, ao longo de quase 20 anos, ele construiu uma carreira única, marcada, principalmente, pela sofisticação e pelo rigor no uso das cores, cenários, figurinos e enquadramentos. Sem contar, é claro, com a recorrente escolha de temas assumidamente melodramáticos. Em Tudo Que o Céu Permite acompanhamos o drama de uma viúva (Jane Wyman), que se apaixona por seu jardineiro (Rock Hudson). Aos olhos de hoje, parece algo banal e indigno de nota. Mas, na sociedade americana de meados da década de 1950, isso era quase uma catástrofe. Para complicar ainda mais a situação, a viúva é mais rica, mais culta e mais velha que o jardineiro. Reprovada pelas amigas do clube e pelos próprios filhos, ela decide viver essa grande paixão. Parece enredo de novela, porém, a maneira como Sirk conta sua história é tão envolvente e suas escolhas narrativas de tão bom gosto, que não nos resta outra coisa a não ser embarcar nesse carrossel de emoções.

TUDO QUE O CÉU PERMITE (All That Heaven Allows – EUA 1955). Direção: Douglas Sirk. Elenco: Jane Wyman, Rock Hudson, Agnes Moorehead, Conrad Nagel, Virginia Grey, Gloria Talbott e William Reynolds. Duração: 89 minutos. Distribuição: Versátil.

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Last modified: 10 de janeiro de 2020

4 respostas para “TUDO QUE O CÉU PERMITE”

  1. Cipriano disse:

    Maravilha de melodrama. Sirk é um mestre neste campo, não há dúvidas. E que cores, que cores!

  2. aveloh disse:

    pela foto, só o cenário já vale a pena.

  3. Território desconhecido no meu universo cinematográfico…

  4. eu desenvolvi um preconceito com esse estilo. comédia romântica ou melodramas de amor já me fazem correr. mas não porque eu não gosto de filme de amores melosos e tal. é de tanto assistir filme ruim. talvez eu não tenha assistido os certos. esse eu vou ver. beijo, Marden!

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