Dizem que às vezes os filhos se tornam melhores que os pais. Se é verdade, eu não sei. Mas, no caso do jovem diretor Jason Reitman, filho do também diretor Ivan Reitman, creio que essa máxima se aplique. Seu primeiro filme, Obrigado Por Fumar, já demonstrava seu potencial como diretor. Juno, que foi realizado pouco depois, comprovou seu talento para lidar com temas delicados de uma maneira corajosa. O roteiro, cheio de boas sacadas da estreante Diablo Cody, ganhou quase todos os prêmios da categoria em 2007/2008. Nele, acompanhamos um ano na vida de Juno (Ellen Page), uma adolescente que engravida do namorado e toma uma difícil, porém, madura decisão. O mais interessante é a forma como as personagens interagem com as situações que são apresentadas e o comportamento e jeito de falar críveis dos jovens mostrados no filme. Juno consegue ser “moderno” sem ser “modernoso”. Estabelece um diálogo franco e aberto com seu público alvo, não o decepciona, nem o ilude com soluções fáceis. Mais uma prova do crescimento artístico de Jason Reitman, um diretor para se ficar atento.