A HORA DA ZONA MORTA

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Quando o primeiro filme do Freddy Krugger foi lançado no Brasil, ele recebeu o título de A Hora do Pesadelo. Por causa do sucesso que fez todos os outros filmes lançados no período com temática sobrenatural foram chamados de “a hora “da”, “de” ou “do” alguma coisa”. Não faz muito sentido, é verdade, mas, foi por isso que The Dead Zone virou A Hora da Zona Morta. O filme foi dirigido pelo cineasta canadense David Cronenberg, um diretor cheio de obsessões. A principal delas é o corpo humano. Basta um olhar mais atento em sua filmografia para comprovar isso. Adaptado de uma obra de Stephen King, a trama gira em torno de um professor, John Smith, vivido pelo ator Christopher Walken. Ele sofre um acidente de carro e fica cinco anos em coma. Quando acorda, descobre que desenvolveu uma habilidade especial. Basta tocar alguém para que ele veja fatos do passado, do presente ou do futuro da pessoa. O poder de John tem um efeito colateral. Ele drena suas forças. Estamos, portanto, em um terreno fértil para o diretor. Este filme é considerado por especialistas uma das cinco melhores adaptações de obras de Stephen King. O roteiro, escrito por Jeffrey Boam, é preciso e econômico, não perdendo tempo com situações desnecessárias. E Cronenberg faz bom uso desse texto e de todo o elenco realizando uma pequena obra-prima do gênero. O filme gerou, duas décadas depois, uma série de TV, O Vidente, que teve seis temporadas.

A HORA DA ZONA MORTA (The Dead Zone – EUA 1983). Direção: David Cronenberg. Elenco: Christopher Walken, Brooke Adams, Tom Skerritt, Herbert Lom, Anthony Zerbe, Colleen Dewhurst, Martin Sheen, Nicholas Campbell, Sean Sullivan e Jackie Burroughs. Duração: 103 minutos. Distribuição: NBO.

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Last modified: 9 de janeiro de 2020

3 respostas para “A HORA DA ZONA MORTA”

  1. eu adoro o Christopher Walken. sempre que eu vejo ele, eu lembro daquele clip do Fatboy Slim que ele gravou em que ele dança. é genial.

  2. O “efeito colateral” que o protagonista sofre não tem força na trama. Mas a “Zona Morta” que ele tem em algumas previsões é que habilita a história – afinal, fica a premissa de que nem todo futuro já está escrito, quando sabemos as consequências e as implicações que ele possa nos trazer. O fator humano é o elemento forte do filme – e esse é dos poucos que foram adaptados de livros de S. King que respeitam a força dramática do autor (outro filme é “O Nevoeiro” – o resto da filmografia é bobagem estética, incluindo “O Iluminado”)

  3. Acabei de lembrar que o “título original em português” de Dead Zone chama-se “NA hora da zona morta” (o livro simplesmente se chamava “Zona Morta”). É um predecessor da febre que viria no ano seguinte, com as originais traduções de filmes para “A Hora do Pesadelo” e “A Hora da Verdade”, seguidos, em 85, por “A Hora do Espanto” e “A Hora do Lobisomem”. Vale um artigo psicológico sobre o fenômeno.

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