TITANIC

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Ao longo do biênio 96/97, Hollywood foi unânime sobre um assunto: todos esperavam, ou melhor, tinham certeza, que o Titanic afundaria outra vez. Não por maldade, mas, como uma forma de punição ao diretor James Cameron, que precisou de dois estúdios, Fox e Paramount, para cobrir os gastos de 200 milhões de dólares que sua produção exigiu. A crítica criou a expectativa de que se tratava de um novo Waterworld ou Velocidade Máxima 2, ambos extremamente caros, com ação ambientada em alto mar, longa duração e roteiro ruim. Cameron surpreendeu a todos com um verdadeiro épico que uniu uma fictícia história de amor a uma tragédia real. Uma duração de três horas e 14 minutos, que passam tão rápido que nem sentimos. Um filme caríssimo, mas que permite enxergar cada centavo investido. A trama de Titanic se passa em dois tempos: o presente, onde um grupo de mergulhadores procura uma jóia única, provavelmente perdida no navio afundado; e o passado, que mostra o imponente Titanic, a grande maravilha da tecnologia inglesa de navegação, zarpando dia 12 de abril de 1912, para sua viagem inaugural até Nova York. Uma personagem faz a ligação entre os dois tempos: Rose. No passado, uma jovem de 17 anos, vivida pela atriz Kate Winslet, e no presente, uma senhora de 101 anos, vivida pela atriz Gloria Stuart, uma estrela dos anos 1930 e 1940, que estava há quase cinco décadas sem aparecer nas telas. Rose embarca no Titanic acompanhada da mãe (Frances Fisher) e do noivo (Billy Zane). Ela é uma mulher que perdeu a alegria de viver, resignada com a decisão de sua mãe de casá-la com um homem rico que ela não ama, para manter o padrão de vida que elas tinham. Sua vida muda com o aparecimento de Jack (Leonardo DiCaprio), um jovem artista de 19 anos, que havia ganho a passagem para embarcar no Titanic em um jogo de cartas. Jack se apaixona por Rose e vice-versa. Nos três dias de viagem até o fatídico choque com o iceberg, a história de amor dos dois se mistura com a tragédia do navio mais famoso do mundo. Cameron construiu uma réplica em tamanho natural, apenas 10% menor que o Titanic original, e colocou-a em um imenso tanque com 165 milhões de litros de água. Por saber ser quase impossível filmar em mar aberto, ele achou mais prático “criar” seu próprio oceano. Concluído o trabalho, ficou provado que às vezes, o maior pode ser o melhor. Titanic é um filme extraordinário, um verdadeiro épico, digno da tradição hollywoodiana que em outros tempos realizou filmes como …E o Vento Levou, Ben-Hur e Doutor Jivago. Um filme cheio de efeitos especiais que nunca roubam a cena e sim, ajudam a compô-la de maneira incrivelmente real. James Cameron manteve-se fiel ao seu estilo e aos seus princípios, ressaltando o perigo da crença cega na tecnologia e mostrando outra vez uma mulher como centro da trama. Vencedor de 11 Oscar, incluindo melhor filme e diretor, faturou quase dois bilhões de dólares nos cinemas de todo o mundo. A segunda maior bilheteria da história. Atrás apenas de Avatar, que Cameron veio a dirigir 12 anos depois.

TITANIC (Titanic – EUA 1997). Direção: James Cameron. Com Leonardo DiCaprio, Kate Winslet, Gloria Stuart, Kathy Bates, Frances Fisher, Billy Zane, Bill Paxton, Bernard Hill, David Warner, Victor Garber e Suzy Amis. Duração: 194 minutos. Distribuição: Fox.

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Last modified: 7 de janeiro de 2020

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