UM DIA DE FÚRIA

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Um Dia de Fúria parece tudo, menos um filme de Joel Schumacher. Chega a ser até um pouco difícil de acreditar que ele tenha realizado um filme tão politicamente incorreto. Um Dia de Fúria é seco e direto, como um soco de Mike Tyson. D-Fens, personagem de Michael Douglas, só quer chegar em casa e presentear sua filha, que está de aniversário. O trânsito engarrafado faz com que ele abandone o carro e resolva ir caminhando. O problema é que ele está na região mais barra pesada de Los Angeles. Um lado tão sombrio e assustador que muitos irão duvidar tratar-se da famosa cidade do sol eterno. A carreira de Schumacher sempre foi marcada por filmes relativamente baratos, mas de bom retorno comercial. Seu apuro visual fez com que a crítica o chamasse pejorativamente de “esteta”. Com este filme, ele decidiu mudar radicalmente seu estilo e inspirou-se em sua infância pobre e nos acontecimentos envolvendo conflitos raciais em Los Angeles. Um Dia de Fúria, segundo seu diretor, se propõe a ser o Um Dia de Cão dos anos 1990. Na sua caminhada para chegar em casa, D-Fens enfrenta coreanos, mexicanos, neonazistas, gangs de rua e empregados de padarias e lanchonetes que insistem em não lembrar da famosa máxima: O freguês tem sempre razão. Soberbamente bem editado e com Michael Douglas e Robert Durval em interpretações arrebatadoras, o filme foi acusado de fascista por uns e aplaudido por outros. Polêmicas à parte, em tempos de tramas cada vez mais rasas e moralistas, uma produção hollywoodiana assumir uma postura politicamente incorreta, já é, por si só, um grande diferencial.
UM DIA DE FÚRIA (Falling Down – EUA 1993). Direção: Joel Schumacher. Elenco: Michael Douglas, Robert Duvall, Barbara Hershey, Frederic Forrest, Rachel Ticotin, Tuesday Weld, Lois Smith e Joey Hope Singer. Duração: 112 minutos. Distribuição: Warner.

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Last modified: 6 de janeiro de 2020

Uma resposta para “UM DIA DE FÚRIA”

  1. Esse filme só não é melhor porque existe uma premissa “bundona” nas motivações emocionais do protagonista: ele tem um histórico de doença mental, transferindo a responsabilidade do surto psicótico ter origem no social, passando para um problema interno, isolado. E lembro disso, na época que vi o filme, como uma decepção, já que não era o que o trailer prometia. Mas ainda assim é uma obra que merece um apreço.

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