John Carpenter começou a dirigir filmes em meados dos anos 1970. Ao longo dos primeiros dez anos de carreira, ele realizou produções que hoje são consideradas cult e serviram de inspiração para inúmeros jovens diretores. O roteiro de Starman – O Homem das Estrelas, escrito por Bruce Evans e Raynold Gideon, já estava pronto desde o final de 1979, porém, nenhum estúdio quis comprá-lo. As coisas mudaram depois do sucesso de E.T. – O Extraterrestre, dirigido por Steven Spielberg, em 1982. A Columbia viu semelhanças nas histórias e decidiu produzi-lo. A trama de Starman gira em torno de um alienígena que vem ao nosso planeta em resposta ao convite feito através de nossas sondas espaciais. Ele assume a identidade de um terráqueo e precisa se deslocar até um determinado ponto para poder voltar para casa. No meio do caminho, o exército americano descobre sua presença e, claro, quer capturá-lo para análise. Apesar de ser um filme com muitos efeitos especiais, Carpenter não se ampara neles para contar sua história. O diretor optou, acertadamente, em destacar o lado humano e sensível da delicada relação que se estabelece entre o viajante “estrangeiro”, curioso e empolgado com suas novas descobertas, e uma mulher, triste e solitária, que reencontra sua humanidade.