O veterano cineasta canadense Norman Jewison vinha de uma bem-sucedida carreira na televisão, onde havia trabalhado entre 1952 e 1962. Sua estreia na telona ocorreu na sequencia e ele chamou a atenção alternando comédias com dramas. Em um desses filmes, A Mesa do Diabo, de 1965, ele conheceu o ator Steve McQueen, com quem voltaria a trabalhar, três anos depois, neste Crown, O Magnífico. O roteiro de Alan Trustman mistura com precisão ação, romance e humor. A trama nos apresenta Thomas Crown (McQueen), um milionário que rouba bancos. Não se trata aqui de um esquema de corrupção. Não é essa a motivação de Crown. Surge a obstinada Vickie Anderson (Faye Dunaway), uma investigadora da agência de seguros. Ela suspeita de Crown e ele, por sua vez, sabe que ela está em seu encalço. No entanto, uma forte atração os aproxima mais e mais nesse envolvente jogo de “gata e rato”. Jewison conduz sua narrativa com leveza e sensualidade. E o “clima” que se estabelece entre McQueen e Dunaway cuida do resto. Crown, O Magnífico fez muito sucesso quando de seu lançamento e consolidou as carreiras de seu diretor e da dupla principal. Além disso, popularizou a canção Windmills of Your Mind, vencedora do Oscar da categoria e composta por Michel Legrand, Alan Bergman e Marilyn Bergman. Uma curiosidade: essa mesma história foi refilmada em 1999, com o título de Thomas Crown: A Arte do Crime, com direção de John McTiernan e tendo os atores Pierce Brosnan e Rene Russo nos papéis centrais.

CROWN, O MAGNÍFICO (The Thomas Crown Affair –  EUA 1968). Direção: Norman Jewison. Elenco: Steve McQueen, Faye Dunaway, Paul Burke, Jack Weston, Yaphet Kotto, Gordon Pinsent, Bruce Glover e Nora Marlowe. Duração: minutos. Distribuição: Fox/MGM.