007 Contra a Chantagem Atômica deveria ter sido o primeiro filme da franquia do agente secreto da MI6, James Bond. No entanto, uma disputa judicial envolvendo uma acusação de plágio contra Ian Fleming, movida por Kevin McClory e Jack Whittingham, fez com que a produção fosse adiada. Em seu lugar, foi feito O Satânico Dr. No. McClory criou a SPECTRE, organização que se dedica ao crime em escala mundial e o processo dizia respeito justamente ao uso da SPECTRE sem o devido crédito. Depois de um acordo firmado entre as partes, o filme finalmente chegou às telas. O roteiro de Richard Maibaum e John Hopkins se baseia na história original de Fleming, Whittingham e McClory e envolve a destruição de Miami por bomba roubada pela SPECTRE, que exige o pagamento de 100 milhões de dólares. Cabe então a Bond, vivido pela quarta vez por Sean Connery, impedir que a bomba seja detonada. Após o sucesso de 007 Contra Goldfinger, realizado no ano anterior, os produtores trouxeram de volta tudo que havia funcionado naquele filme e se tornaram marca registrada de toda a série. Inclusive, 007 Contra a Chantagem Atômica repetiu a vitória no  Oscar de seu antecessor e ganhou uma estatueta, a de efeitos especiais. Em tempo 1: SPECTRE é a sigla em inglês para SPecial Executive for Counter-intelligence, Terrorism, Revenge and Extortion (algo como Executiva Especial para Contra-Inteligência, Terrorismo, Vingança e Extorsão). Em tempo 2: esta mesma história foi refilmada em 1983, com o nome de 007 Nunca Diga Nunca Outra Vez, produzida fora da cronologia oficial e trazendo Sean Connery de volta ao papel de James Bond 12 anos de ter abandonado a franquia.

007 CONTRA A CHANTAGEM ATÔMICA (Thunderball – Inglaterra 1965). Direção: Terence Young. Elenco: Sean Connery, Claudine Auger, Adolfo Celi, Luciana Paluzzi, Guy Doleman, Bernard Lee, Desmond Llewelyn e Anthony Dawson. Duração: 130 minutos. Distribuição: Warner.