O americano Steve Gordon morreu muito jovem, em 1982, aos 44 anos. Em sua breve carreira de apenas cinco anos foi roteirista de vários episódios de séries de TV e escreveu e dirigiu apenas um longa-metragem, Arthur – O Milionário Sedutor. Neste filme acompanhamos a excêntrica rotina de festas e muita bebida de Arthur (Dudley Moore). Ele é um homem que simplesmente não se preocupa com nada. Como diria minha avó, a única pessoa de “juízo” naquela mansão é Hobson (John Gielgud), seu mordomo fiel. Só que Arthur “torra” muito dinheiro e para continuar na boa vida que leva precisa se casar, mesmo que não queira, com Susan (Jill Eikenberry). Até aí, tudo bem. Casamento por interesse não é um grande problema. O problema surge quando ele conhece Linda (Liza Minelli), uma jovem sem dinheiro algum, mas, por quem Arthur se apaixona perdidamente. Dudley Moore não foi a primeira escolha para o papel principal, no entanto, graças ao sucesso de Mulher Nota 10, que ele havia feito dois anos antes, acabou sendo convidado. E não poderia ter sido melhor. Sua presença em cena é sempre hilariante. Já John Gielgud recursou o papel do mordomo repetidas vezes, até ser vencido pelo bom cachê. No final, ainda ganhou um Oscar de melhor ator coadjuvante. O filme ganhou também o Oscar de melhor canção, no caso, Best That You Can Do, composta por Burt Bacharach, Peter Allen, Carole Bayer Sager e Christopher Cross, e cantada por este último. 30 anos depois foi feita uma refilmagem, porém, sem o mesmo brilho e humor.

ARTHUR – O MILIONÁRIO SEDUTOR (Arthur – EUA 1981). Direção: Steve Gordon. Elenco: Dudley Moore, Liza Minnelli,  John Gielgud, Geraldine Fitzgerald, Jill Eikenberry, Stephen Elliott, Barney Martin e Paul Gleason. Duração: 97 minutos. Distribuição: Warner.