Philip Machado

O quarto filme da franquia, que iniciou em 2010, começa nos apresentando a médium Elise Rainier (Lin Shaye) ainda criança, na casa em que cresceu no Novo México. Desde pequena Elise demonstrou ter poderes sobrenaturais. Sua mãe a protegia e dizia ser um dom, no entanto, seu pai, que trabalhava como guarda na penitenciária que ficava ao lado da casa onde moravam, não acreditava nas habilidades da filha e a castigava severamente por isso. Com a morte de sua mãe as coisas só pioraram, e aos 16 anos ela foge deixando seu irmão mais novo sozinho com o pai.

De volta ao presente, em 2010, algumas semanas antes dos acontecimentos do primeiro filme, Elise e seus dois fiéis ajudantes, Specs (Leigh Whannell, criador da franquia e roteirista dos filmes) e Tucker (Angus Sampson), recebem uma ligação do homem que está morando na sua antiga casa, fazendo-a retornar e enfrentar os fantasmas de seu passado.

Cronologicamente falando, esta história se passa após o terceiro filme, Sobrenatural: A Origem (2015), mas antes dos dois primeiros, Sobrenatural e Sobrenatural: Capítulo 2 (2013).

Nos filmes anteriores o passado de Elise não havia sido devidamente explorado. E é justamente neste ponto que o filme traz algo interessante. Mas a história em si, assim como os novos personagens apresentados e o demônio a ser enfrentado não satisfazem. Se a ideia é continuar contando histórias deste universo, será necessário mais do que foi feito neste filme.

SOBRENATURAL: A ÚLTIMA CHAVE (INSIDIOUS: THE LAST KEY – EUA 2018). Direção: Adam Robitel. Elenco: Lin Shaye, Leigh, Whannell, Angus Sampson, Caitlin Gerard, Spencer Locke, Josh Stewart, Kirk Acevedo, Tessa Ferrer, Bruce Davison. Duração: 103 minutos. Distribuição: Sony Pictures.