Sasha Baron Cohen não é um nome fácil de se lembrar. Mas, se eu disser Ali G ou Borat, rapidamente as pessoas sabem de quem eu estou falando.  Ele é um comediante inglês que criou um programa de entrevistas para o Channel 4 britânico, o The Eleven O’Clock Show. O programa era apresentado por uma personagem criada por Sasha, o rapper branco Ali G, e, além dele, tinha mais duas personagens, também criadas e interpretadas pelo humorista: o repórter especial do Cazaquistão Borat e o repórter gay austríaco Brüno. Ali G e Borat já haviam estreado na tela grande, o primeiro em 2002 e o segundo em 2006. Faltava apenas o filme do Brüno. A “trama” de Brüno começa quando ele estraga um desfile de moda e, por conta disso, cai em desgraça e perde o emprego. Disposto a se transformar em uma celebridade mundial, ele se muda para Los Angeles e põe em prática seu plano. A estrutura do novo filme é muito semelhante à fórmula utilizada em Borat, inclusive o diretor é o mesmo, Larry Charles. Muito do humor vem da ignorância, conservadorismo ou preconceito das pessoas que são procuradas e/ou entrevistadas por Brüno. O talento e principalmente a coragem de Baron Cohen está em não perdoar ninguém e conseguir expor o lado mais ridículo dessas pessoas, no melhor estilo “perco o amigo, mas não perco a piada”. Sinceramente, não há muito o que dizer sobre o filme. O humor é ácido, grosseiro e muitas vezes simplesmente chulo. Porém, a seqüência final do filme com a participação especial de Bono, Sting e Snoopy Dog é impagável. Resumindo: se você gostou de Borat vai adorar Brüno. Se detestou, fuja dele. Não existe meio-termo.

BRÜNO (Brüno – EUA 2009). Direção: Larry Charles. Elenco: Sasha Baron Cohen, Gustaf Hammarsten, Elton John, Snoopy Dog, Bono, Harrison Ford, Chris Martin e Sting. Duração: 83 minutos. Distribuição: Sony.