LA LA LAND: CANTANDO ESTAÇÕES

Slider

De tempos em tempos surge um filme que “cai no gosto” de todos. O último a experimentar um hype semelhante foi O Artista, de 2011. Nos últimos meses isso vem acontecendo com La La Land: Cantando Estações, terceiro longa de Damien Chazelle, roteirista e diretor de Whiplash: Em Busca da Perfeição. Na maioria dos casos, essa adoração popular se revela “fogo de palha”. Quem se lembra ainda de O Artista ou mesmo de A Vida É Bela? Claro que existem exceções, como Cinema Paradiso, por exemplo. Eu, sinceramente, espero que este seja também o caso de La La Land.

O filme abre mostrando um típico engarrafamento em uma das muitas rodovias de Los Angeles. De repente, uma mulher sai de seu carro e começa a cantar e dançar. Rapidamente, os demais motoristas seguem seu exemplo e fazem o mesmo. Pronto. Está bem claro, já na primeira cena, que estamos diante de um musical hollywoodiano clássico.

La La Land 1

Somos apresentados ao casal central, Sebastian (Ryan Gosling) e Mia (Emma Stone). Ele é pianista e sonha abrir um clube de jazz. Ela é aspirante a atriz. Os dois têm seus caminhos cruzados e se apaixonam. Empenhados em atingir seus objetivos, Seb e Mia precisam lidar com a realidade enquanto buscam realizar seus sonhos.

“Cidade das estrelas, você está brilhando apenas para mim?”. Os versos que abrem a bela canção City of Stars já antecipam ser La La Land, além de uma homenagem aos musicais do cinema, uma bela homenagem à cidade de Los Angeles, magnificamente fotografada por Linus Sandgren.

Chazelle, diferente do que fizeram alguns diretores de musicais mais recentes, optou por filmar tudo em planos abertos. Isso exigiu dos atores um empenho bem maior. No entanto, a dinâmica em cena é mais orgânica e envolvente. La La Land desperta no espectador um sentimento nostálgico que poucos filmes conseguem. E isso é bom. Mesmo quando se trata de alguém que não curte muito o gênero.

Há um clima de sonho, quase mágico, que torna bem difícil não se encantar com a história que está sendo contada. E a química entre Gosling e Stone só reforça esta constatação. As indicações ao Oscar ainda não foram anunciadas, mas La La Land já é um dos favoritos. Principalmente depois da ter ganho nas sete categorias a que concorreu no Globo de Ouro deste ano. Não que este prêmio seja o melhor termômetro da Academia. Mas é um bom sinal.

Em resumo, Damien Chazelle consegue fazer de La La Land um filme não apenas agradável de se ver. Mesmo se passando no presente, ele nos remete a uma época menos cínica e mais romântica. Quando as luzes se acendem depois do “fim”, a gente sai do cinema cantarolando. E isso é bom.

LA LA LAND: CANTANDO ESTAÇÕES (La La Land – EUA 2016). Direção: Damien Chazelle. Elenco: Ryan Gosling, Emma Stone, John Legend, Rosemarie DeWitt e J.K. Simmons. Duração: 128 minutos. Distribuição: Paris Filmes.

MEU CANAL

ÚLTIMOS PODCASTS

Last modified: 13 de agosto de 2018

2 respostas para “LA LA LAND: CANTANDO ESTAÇÕES”

  1. bruno knott disse:

    tenho a impressão que La La Land pode perder um pouco do seu encanto com o tempo, mas devo dizer que sai do cinema muito empolgado com o que vi: homenagens a classicos, um romance agradável e atuações acima da média.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

tabela de preço digitaltabela de preço açouguemídia indoortabela digitaltabela de preços digital para supermercadosmidia indoor software