GUERRA E PAZ (1966)

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No filme Jornada nas Estrelas: A Terra Desconhecida, o chanceler Gorkon, vivido pelo ator David Warner, diz a certa altura algo mais ou menos assim: “vocês não conhecem Shakespeare até ler sua obra no idioma Klingon”. Bem, apesar da fina ironia da frase, é possível fazer um paralelo com a monumental obra do escritor Leon Tolstói, Guerra e Paz, e suas muitas adaptações para cinema e televisão. Não há nada como vê-la na sua língua original. São quase 1.300 páginas deste clássico romance histórico que o roteirista, ator e diretor russo Sergey Bondarchuk levou às telas em 1966, dez anos depois da famosa versão americana dirigida por King Vidor e estrelada por Audrey Hepburn e Henry Fonda. Não é exagero algum afirmar que esta versão de Guerra e Paz é definitiva. Para começo de conversa, ela tem simplesmente o dobro da duração do filme feito em Hollywood. A história se passa no período em que Napoleão invade a Rússia com seu exército. Parece até o poema Quadrilha, de Carlos Drummond de Andrade. Temos a bela Natasha (Lyudmila Saveleva), que ama Pierre (Bondarchuk). Este é casado com Helene (Irina Skobtseva), uma mulher que ama muitos, mas não ama Andrey (Anatoli Ktorov), que também sente amor por Natasha. A caprichada edição da Obras-Primas do Cinema contém a versão integral de Bondarchuk, feita entre os anos 1965 e 1967 e dividida em quatro partes: Andrey Bolkonsky, Natasha Rostova, O Ano de 1812 e Pierre Bezukhov. Vencedor do Oscar de melhor filme estrangeiro, este Guerra e Paz russo é grandioso em sua ambição e espetacular em sua execução. Um filme que nos leva por uma experiência única. Daquelas que somente as verdadeiras obras de arte são capazes de proporcionar.

GUERRA E PAZ (Voyna I Mir – Rússia 1965-1967). Direção: Sergey Bondarchuk. Elenco: Sergey Bondarchuk, Lyudmila Saveleva, Irina Skobtseva, Anatoli Ktorov, Boris Zakhava, Anastasiya Vertinskaya e Oleg Tanakov. Duração: 402 minutos. Distribuição: Obras-Primas do Cinema.

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Last modified: 28 de junho de 2016

Uma resposta para “GUERRA E PAZ (1966)”

  1. Um dos grandes exemplos de como [somente] o cinema é capaz de ser CINEMA!

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