Joe Eszterhas foi o roteirista mais bem pago do mundo na primeira metade dos anos 1990. Seu jeito especial de combinar sexo, crime e suspense lhe trouxe fama e dinheiro. Seu terceiro roteiro, O Fio da Suspeita, dirigido em 1985 por Richard Marquand, já antecipava estes elementos. Eszterhas vinha do sucesso de Flashdance e deu uma guinada em sua carreira. Na trama, Page Forrester (Maria Mayenzet), herdeira de uma grande fortuna, é brutalmente assassinada. Seu marido, Jack (Jeff Bridges), é acusado do crime e contrata a advogada Teddy Barnes (Glenn Close), para defendê-lo. Marquand conduz seu filme no limite, ou melhor, no “fio da suspeita” proposto no título. A coisa se complica quando advogada e cliente se envolvem romanticamente. Jeff Bridges esbanja charme e carisma na pele do suposto criminoso. O diretor é hábil o suficiente para nos conduzir pelos olhos da cada vez mais apaixonada personagem vivida por Glenn Close. O que potencializa sobremaneira o suspense em torno do verdadeiro culpado pela morte de Page.

O FIO DA SUSPEITA (Jagged Edge – EUA 1985). Direção: Richard Marquand. Elenco: Glenn Close, Jeff Bridges, Peter Coyote, Robert Loggia, John Dehner, Leigh Taylor-Young, Karen Austin, Lance Henriksen e Michael Dorn. Duração: 105 minutos. Distribuição: Columbia.