O cineasta americano Brad Silberling iniciou sua carreira profissional em 1989, na televisão. Ao longo dos seis anos seguintes, ele dirigiu diversos episódios de seriados. A estreia cinematográfica aconteceu em 1995, com Gasparzinho – O Fantasminha Camarada, produzido por Steven Spielberg. Em 1998 foi a vez de Cidade dos Anjos, versão americana do clássico de Wim Wenders, Asas do Desejo. Em 2002, Silberling resolveu contar uma história que ele próprio havia vivido. Nasceu aí o roteiro de Vida Que Segue, seu terceiro longa. A trama gira em torno de um rapaz, Joe Nast (Jake Gyllenhaal), que fica viúvo antes de se casar. Explicando melhor: sua noiva morre pouco tempo antes do casamento. A dor desta perda inesperada e prematura faz com que Joe se aproxime bastante dos ex-futuros sogros, Ben (Dustin Hoffman) e Jojo (Susan Sarandon). Ele cumpre então aquele papel que todos esperam dele, até surgir um outro acontecimento inesperado. Vida Que Segue poderia cair com facilidade na vala comum dos melodramas carregados de clichês. Silberling consegue escapar das armadilhas e nos apresenta um drama repleto de delicadeza e sensibilidade.