Terceira parceria entre o ator Clint Eastwood e o diretor Don Siegel, O Estranho Que Nós Amamos é aquele tipo de filme que pode ser facilmente classificado como drama psicológico. Baseado no romance de mesmo nome, de autoria de Thomas Cullinan, o roteiro foi escrito por John B. Sherry e Grimes Grice e conta uma história que se passa durante a Guerra Civil americana. John McBurney (Eastwood), um soldado da União, se ferido em combate e é acolhido por Martha (Geraldine Page), diretora de um colégio sulista de meninas. Em resumo: um homem inimigo que se encontra abrigado e indefeso sob os cuidados de um grupo de mulheres inimigas. Siegel havia começado sua carreira em 1945 e tinha uma vasta experiência na direção de documentários, filmes e seriados de TV. Em O Estranho Que Nós Amamos, seu estilo seco e direto, sem muita “embromação” é visível em todos os fotogramas. Este filme provocou muita polêmica quando foi lançado. Eastwood, depois de uma temporada na Itália, onde se estabeleceu como galã, estava de volta à Hollywood mantendo em alta o prestígio conquistado. Ao mesmo tempo, por sugestão de Siegel, deu início a uma bem sucedida carreira como diretor. Mas isto é outra história.