Estados Unidos, Hong Kong e India são os três maiores produtores de filmes do mundo. Dentre eles, o cinema hindu é o mais curioso. Seja pelas histórias cheias de drama, cores e danças. Seja pelo fato de tão pouca produção daquele país chegar até nós. O mercado local, autossustentável, absorve tudo que é feito lá sem precisar depender do exterior. O cineasta Ritesh Batra começou sua carreira dirigindo curtas. Um deles, Café Regular, Cairo, o projetou mundialmente. Lunchbox, é seu longa de estreia e vem carregado de exceções. O roteiro, escrito pelo próprio diretor, tem drama, mas, não é exageradamente dramático. As cores são discretas e os cenários, mínimos. Acompanhamos um pouco da rotina de Saajan (Irrgan Khan) e Ila (Lillete Dubey), dois solitários que vivem em Mumbai. Certo dia, um erro na entrega da comida faz com que eles comecem a trocar mensagens. Lunchbox vem cativando o público por onde passa. Com sua direção simples e criativa, aliada a um roteiro bem humorado e sem maiores pretensões, fica muito difícil resistir ao seu charme singelo.