O Capitão América, criado em 1941 pela dupla Joe Simon e Jack Kirby, é um dos heróis mais antigos da Marvel Comics. Sua origem é bastante conhecida. O jovem e franzino Steve Rogers queria se alistar no exército para lutar na Segunda Guerra Mundial contra os nazistas. Sua coragem e determinação terminam fazendo dele o candidato ideal para um programa ultra secreto. Após ter o soro do supersoldado injetado em seu corpo, torna-se o herói que conhecemos. Ao longo das décadas seguintes o Capitão América passou por muitas transformações e sempre foi uma personagem difícil de ser trabalhada fora do contexto da Segunda Guerra. Quando a Marvel Studios, braço cinematográfico da editora deu início ao projeto de produzir seus próprios filmes a partir de 2008, com o primeiro Homem de Ferro, ficou claro que eles iriam levar para a telona o mesmo princípio dos quadrinhos, ou seja, uma cronologia integrada de todos os filmes. Capitão América – O Primeiro Vingador, dirigido em 2011 por Joe Johnston, fecha o ciclo de aventuras que antecedem o filme-evento dos Vingadores, lançado em 2012. Com roteiro de Christopher Markus e Stephen McFeely situa o herói no período em que ele foi criado. O ator Chris Evans, que havia interpretado o Tocha Humana do Quarteto Fantástico vive agora Steve Rogers e seu alter ego. O clima nostálgico que Johnston imprime ao filme funciona muito bem e ressalta as principais características do herói, que consegue se distanciar da associação que seu nome tem com os ideais americanos. Este Capitão América defende valores universais e chega até a questionar algumas decisões de seus superiores. Ponto para a Marvel.